sexta-feira, 29 de outubro de 2010

De professor para professor: Vale a pena ler!

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Avaliação do texto escolar: Professor - leitor/ Aluno - autor
Maria da Graça Costa Val (et. al) Belo Horizonte: Autêntica Editora/ Ceale, 2009 (Coleção Alfabetização e Letramento na Sala de aula)

 Este livro, editado pela primeira vez em 1998, traz uma excelente contribuição para o professor que trabalha com a produção de texto em sala de aula. Portanto, trata-se de um livro-aliado para o professor alfabetizador bem como para o professor de Língua Portuguesa.
O livro foi dividido em 5 capítulos cujas leituras progressivas são complementares, pois todos os capítulos tratam do tema, a correção do texto produzido pelo aluno-autor, de forma articulada.
No primeiro capítulo são apresentadas as questões básicas sobre a produção e avaliação do texto escrito: “Por que e para que avaliar?” O objetivo é dimensionar o papel do professor,leitor de textos feitos pelos alunos, autores de textos.
No segundo capítulo, “O texto escrito na escola: avaliação escolar”, as autoras tratam de responder às perguntas, “O que e como avaliar?” Situando o leitor do livro em relação à concepção de linguagem, as relações entre oralidade e escrita e as fronteiras entre forma e conteúdo.
No terceiro capítulo “A subjetividade na interação autor/texto/leito” é abordado um conceito importante no processo de avaliação: a subjetividade do aluno e do professor. Esse capítulo é uma forma de redimensionar o trato dado ao texto do estudante pelo professor.
O quarto capítulo “O Projeto de avaliação de textos escolares(...)” nos é apresentado um relato da experiência de correção textual feita com uma amostra significativa de textos frutos de uma avaliação feita pela Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais.
No ultimo capítulo “Algumas indicações com o trabalho com a escrita(...)” nos é apresentado algumas possibilidades para a implementação do trabalho de correção textual em sala de aula.

Todos os capítulos são muito bem escritos, com uma linguagem limpa, livre de muitas citações que quando feitas no corpo do texto, por vezes, são cansativas. A seguir apresento uma parte do meu entendimento sobre o capítulo 2, cujo objetivo foi responder-nos sobre o que avaliar e como.

A escola, os professores têm, desde sempre, a tradição de ao corrigir um texto escrito pelo estudante, privilegiar a correção gramatical sobre a correção do conteúdo.
A partir dos anos 80, do século XX, depois dos novos estudos literários, houve uma mudança nesse quadro e passou-se a privilegiar o conteúdo em detrimento da forma; porém alguma incerteza, ou várias, pairavam no ar. Alguns professores não tinham certeza quanto a abrir mão totalmente das correções gramaticais, outros acreditavam que a normatividade imposta ao estudante se constituiria em uma medida antidemocrática e inibidora da expressão individual. Qual postura seria a mais adequada? Para as autoras do livro nenhuma das duas, pois as duas posturas são extremas.
A concepção da língua que o professor tem é que norteará o tipo de correção que fará. O ideal é levar em consideração a língua como um sistema integrado pelos níveis de organização gramatical, semântico e discursivo.
As autoras sinalizam que a produção textual integra 3 dimensões  diferentes: 1- dimensão da situação: para produzir o estudante deve levar em conta o contexto comunicativo, a proposta, e pensar em ( quem fala, para quem, porque, onde, quando...) 2- dimensão cognitiva: pensar o tema do texto, nos conhecimentos prévios que tem numa combinação que faça gerar novas idéias lógicas, coerentes e interessantes.
3- dimensão da verbalização: momento de expor as idéias que tem de modo coeso e coerente com a proposta textual. O estudante vai escolhes como falar/ escrever. Essas dimensões nãos estão soltas na cabeça do estudante, ao contrário, devem se articular para que a produção atenda a proposta. As autoras sugerem que o trabalho do professor em relação à correção textual deve se guiar pela explicitação ao estudante de cada dimensão, de modo que nada seja intuitivo para o professor ou para o estudante. Quer saber mais? Então pegue o livro!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pro dia nascer feliz

Comentei sobre esse filme em sala de aula e ele acabou sendo incluído no nosso planejamento. Como não há cenas impróprias resolvi passar, mas o filme é indicado para adolescentes e  fará bastante sucesso no segundo ciclo. Todos gostaram muito e o tema, escola e adolescência,  nos rendeu boas discussões sobre projetos de vida, sobre escolhas, comportamentos, classe social, modos de viver, hábitos, identidade de grupo, etc.  

assista ao trailer



Resumo: As adversas situações que o adolescente brasileiro enfrenta dentro da escola. Meninos e meninas, ricos e pobres em situações que revelam precariedade, preconceito, violência e esperança. Em três estados brasileiros, em classes sociais distintas, adolescentes falam da vida na escola, seus projetos e inquietações numa fase crucial de sua formação. Professores também expõem seu cotidiano profissional, ajudando a pintar um quadro complexo das desigualdades e da violência no país a partir da realidade escolar


Informações Técnicas
Título no Brasil:  Pro Dia Nascer Feliz
País de Origem:
  Brasil
Gênero:  Documentário
Tempo de Duração: 88 minutos
Ano de Lançamento:  2006
Estréia no Brasil: 02/02/2007
Estúdio/Distrib.:
  Copacabana Filmes
Direção:  João Jardim



Kelly



domingo, 24 de outubro de 2010

Multiplicando saberes: A Cor da Cultura


As professoras Tânia e Kelly realizaram, na escola, no dia 23/10/2010 a multiplicação do projeto A Cor da Cultura . Foi um encontro proveitoso do ponto de vista didático-pedagógico, foi também delicioso do ponto de vista culinário e extremamente frutífero pensando na realização de novas estratégias e práticas em sala de aula com a temática étnico-racial.
É preciso registrar a pronta colaboração da direção da escola. Assim que foi apresentada, para a diretora Mônica, a proposta de repassar aos colegas os conteúdos teórico-práticos apreendidos durantes as primeniras 24 horas de formação, houve uma pronta aceitação e apoio às professoras.

O trabalho de repasse da formação foi realizado da seguinte forma:
Oficina educativa - A cor da Cultura*
Falando e pensando sobre África: entre a teoria e a prática
Para refletir...
A constatação de que vivemos em uma sociedade marcada pelas diferenças é o primeiro passo que precisamos dar em direção ao deslocamento. A proposta de dividir com o grupo de educadores desta escola a formação A Cor da Cultura propõe justamente que nos desloquemos do nosso lugar, por vezes marcado pelo silêncio, e construamos uma postura em relação às diferenças, nesse caso as diferenças étnico-raciais.
Discutir questões como essa é sempre um desafio, pois vamos entrar em uma temática que toca não só em noções ligadas a justiça, ética e cidadania, mas também em subjetividades, afetos, emoções, idéias conscientes e inconscientes a respeito do outro; esse outro que está do seu lado, que está nas ruas, e principalmente em sua sala de aula.
Eu tomo o questionamento da professora Nilma Lino Gomes para que pensemos um pouco mais. Que caminhos poderíamos seguir para construir uma educação que considere a raça uma questão que merece um trato pedagógico e um lugar de destaque nas nossas práticas educacionais? (GOMES, 1999)
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*A Cor da Cultura é um projeto educativo de valorização da cultura afro-brasileira, fruto de uma parceria entre Canal Futura, CIDAN,  SEPPIR, MEC, Fundação Palmares, Petrobras e TV Globo.
Referência:
GOMES, Nilma Lino. Educação cidadã, etnia e raça: o trato pedagógico da diversidade. In:Racismo e anti-racismo  repensando nossa escola /Eliane Cavalleiro (orgs.) São Paulo: Summus, 2001
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Oficina educativa
8:00 – 9:30 Início
Etapas da atividade:
1-      Apresentação da proposta – exibição das fotos da formação
2-      Sensibilização sobre o tema.
Os participantes serão convidados a fazer uma reflexão sobre os conceitos e concepções sobre a África, a partir das discussões fomentadas pelo material didático do Projeto A Cor da Cultura.
·         Os participantes serão orientados a elaborar um cartaz com palavras que lhes vêm a mente quando falamos em
      África. O que você pensa sobre a África?
3-     Exibição do vídeo (DVD nota 10).
4-    Diálogo para a socialização entre os participantes sobre a atividade realizada.
9:30 – 9:50 Café afrobrasileiro
9:50 – 10:20
6-      Leitura do texto: “Em busca da cidadania plena”, de Azoilda Loreto daTrindade
7-      Os participantes serão divididos em grupos e, cada grupo, será orientado a discutir um conceito. Tendo discutido e assimilado tal conceito será solicitado que os grupos pensem em atividades possíveis, um planejamento pedagógico que contemple atividades que envolvam o desenvolvimento daquele conceito.
10:45 - Socialização das propostas pedagógicas
11:00 – 11:20 - Fechamento com Hino da África


Materiais do Kit A Cor da Cultura



Participação atenta


Degustando africanidades
Repassando

Bolando aulas
Agradecemos a colaboração de todas as professoras que participaram do encontro, em especial Adélia e Elenice . A primeria porque nem precisaria estar na escola no sábado, mas esteve! Á segunda por proporcionar beleza estética e gastronômica ao nosso encontro.
Agradecemos também a Erica, Luciane, Rejane e Beth, anjos da escola.
Ainda será postado aqui os planos de aula, criandos pelas duplas de professoras, sobre os valores da cosmovisão africana.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Encontros com a Leitura

Aí vai uma dica cultural para algumas noites de outubro, novembro e dezembro. O Encontros com a Leitura é uma promoção da Secretaria do Estado de Cultura. Vale a pena! 

Para ampliar click no folder

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dia da criança = algazarra

 Nos dias 06,07 e 08 de outubro realizamos na escola uma série de atividades voltadas para a comemoração do Dia das crianças. Foram dias de agitação e movimento. A programação foi diversificada e atraente bem ao gosto das crianças...com direito a salada de frutas, pipoca, cinema, discoteca, bingo, brincadeiras, gincana dos professores, contação de histórias, encenação do texto, Dona Baratinha, dobraduras, ufa!!! E muito mais. Aos poucos iremos adicionando algumas fotos.

peixinhos coloridos
Contação de histórias

Dança da cadeira

Bingo!


domingo, 10 de outubro de 2010

Kit novo na biblioteca: A Cor da Cultura

 A escola recebeu no final de setembro um maravilhoso Kit de apoio didático-pedagógico voltado para o desenvolvimentode ações que visem a implementação da lei 10.639/2009 na escola. Esta Lei  torna obrigatória a inserção do ensino da História da África e das Culturas Afrobrasileiras nos cuurículos das escolas brasileiras. Isso quer dizer que nossa escola, que já cumpre bem seu papel de educar para a diversidade, tem agora mais materiais para consulta e uso em sala de aula.
As professoras Tânia e Kelly, que estão participando da formação continuada, ofertado pelo programa A Cor da Cultura, tem a responsabilidade de repassar aos colegas o que aprenderam no curso sobre os possíveis usos que podem ser feitos com os materiais do Kit.

Objetivos do Programa:

"A Cor da Cultura busca em seus programas atualizar, informar, recuperar, melhor, reescrever a história dos afro-descendentes no país. É um projeto afirmativo,político, voltado não apenas para negros e mestiços, mas para toda a população brasileira". ( Para ler na íntegra click )
Professora manuseando o material do Kit

Professora Tânia

sábado, 9 de outubro de 2010

O Leia Brasil: Leitura Compartilhada

Criado no 2º semestre de 1991 como um programa da Petrobras, até meados de 2001 o Leia Brasil foi um programa exclusivo daquela empresa. Em 2002, após reestruturação, passou a atuar como Organização Não Governamental. Entretanto, a ONG, Leia Brasil, encerrou suas atividades em 2010. O site da ONG ainda está no ar e nele encontramos excelentes publicações e boas ideias de projetos sobre leitura. Abaixo está a capa de uma revista, Leituras Campartilhadas, na qual o tema central é a cultura afrobrasileira.Vários autores, entre eles Marina Colasanti e Rogério de Andrade Barbosa, apresentam um universo delicioso de histórias sobre princesas africanas. Clicando abaixo da capa você acessa o site da ONG e pode baixar a revista.
Boa Leitura! 

http://www.leiabrasil.org.br/index.php?leia=publicacoes

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Melhores momentos na horta do Senhor Doca



No dia 24 de setembro de 2010, os estudantes da sala 2, do turno da tarde; foram visitar a horta do senhor Doca. Localizada em Nova Contagem, próxima a VP1, a horta é um espaço agradável e farto em diversos tipos de vegetais. A visita foi o encerramento, a culminância do projeto "Vegetais por toda parte". Os estudantes adoraram, pois puderam ver, tocar e comprar os produtos sobre os quais falamos por várias semanas em sala de aula. 
O Senhor Doca, neste dia, foi nosso educador. Ele nos ensinou sobre seu ofício de verdureiro e agricultor. Nos falou sobre a época certa de plantar e colher, falou sobre o tempo da colheita, nos mostrou sua sementeira e nos deixou livres para passear pela sua horta. O Doca, ainda, respondeu pacientemente cada pergunta, cada questão sobre sua horta que, neste ano completou 8 anos.  A professora Tânia também levou seus estudantes ao local e é assídua compradora das delícias do Doca.Abaixo estão algumas fotos da horta que não nos deixam mentir.



Ajudantes do Senhor Doca colhendo alface

Senhor Doca, excelente pessoa

Senhor Doca e estudantes da sala 2

Vegetais e crianças

sábado, 2 de outubro de 2010

Seminário Beagalê

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A escola



"Escola é...

o lugar onde se faz amigos

não se trata só de prédios, salas, quadros,

programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,

gente que trabalha, que estuda,

que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,

O coordenador é gente, o professor é gente,

o aluno é gente,

cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor

na medida em que cada um

se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir

que não tem amizade a ninguém

nada de ser como o tijolo que forma a parede,

indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,

é também criar laços de amizade,

é criar ambiente de camaradagem,

é conviver, é se ‘amarrar nela’!

Ora , é lógico...

numa escola assim vai ser fácil

estudar, trabalhar, crescer,

fazer amigos, educar-se,

ser feliz."

 Paulo Freire
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